Prodígio: “acredito que a arte tem que reflectir a sociedade, a minha vida, a dos meus e dos outros”

Ao reagir às críticas sobre a passividade da classe artísticas perante os problemas sociais e as acções de brutalidade policial, o rapper elogiou e ao mesmo tempo reprovou a atitude, esclarecendo que o músico não é obrigado a defender o povo, mas sublinha, por outro lado, que não respeita a arte de quem não defende a sociedade. 

Durante o longo vídeo nas suas redes sociais, sobre a morte do jovem de 23 anos no Prenda, o músico começou por esclarecer que não pretende defender qualquer artista, entretanto, realçou que é imprudente a sociedade olhar as coisas de um único ponto de vista, porque os músicos também têm liberdade de escolha.

“Não vamos ser maus com os nossos irmãos. São escolhas pessoais. Não quero limpar a cara suja dos bajuladores, é uma escolha que foi sistemática… e muitos manos e manas preferem não reflectir o que se passa no mundo”, analisou.

No seu entender, existem músicos da linha da frente e músicos  bajuladores, e isso são escolhas pessoais. “Nem toda a gente está disposta a passar fome. Vocês não têm noção o que passam os músicos que se levantam por vocês”, disse, exortando, para que as pessoas deixem de ser  juízes do tribunal supremo da vida na Internet. 

Com olhos humedecidos de emoção, o autor de Castelos, disse acreditar, por outro lado, que a arte deve reflectir a vida do povo e dos seus, por isso, não respeita a arte que não espelha a sociedade. ”

“Eu, pessoalmente, acredito que a arte tem que reflectir a sociedade, a minha arte tem que reflectir a minha vida, a vida dos meus e a vida dos outros. Um mano que só quer sustentar e que vai nos kotas… Eu não respeito a arte dele, mas respeito a escolha dele. Não vamos tirar aos outros o direito de decidir. Nós não somos mais pessoas que os outros”, aconselhou.

Para Prodígio, os músicos que optam por tal atitude, fazem-no por falta de opção, pois não há no país indústria da música, o que leva a que os artistas se tornem bajuladores.

“Temos um país sem indústria musical e os kotas acostumaram os meus irmãos a ter que ajoelhar para ter kumbu”, lamentou.

Por outra, o rapper lembrou que não cabe aos músicos defender o povo, pois ao músico cabe somente cantar. “Nós temos que bater a porta da polícia, foi a polícia que matou o José,  não foram os artistas. Eu, pessoalmente, acho que o meu dever está na música”, pontuou.

Questionou ainda por que razão os deputados não repudiam essas acções nas suas redes sociais, uma vez que também têm Instagram e Twitter.

“Quem dá arma a essas pessoas? Não é com os nossos irmãos, que agora com o Covid-19 não têm trabalho. São bajus, mas são nossos e eu os amo. São meus. Eu entendo o incentivo, mas só que tem que ser doutra maneira”, concluiu.

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