Cantor, intérprete, lírico e trovador, Simini Ni Moyo foi uma das vozes mais representativas do Hip Hop angolano na década de 90, depois tranformou-se numa referência obrigatória para a geração que se seguiu, ajudando a popularizar temas de álbuns de rappers como Kid MC, Donna Kelly com seus sonantes refrões.
O rapper da “Old School” morreu ontem,12, de Fereveiro, em Setúbal ( Portugal ), onde vivia há alguns anos com a família. Simini foi a óbito depois de ser submetido a uma intervenção cirúrgica de 10 horas, devido a uma crise, apurou a Carga de uma fonte próxima ao músico.
A fonte avançou, ainda, que o rapper foi levado de emergência ao hospital, mas não resistiu a um possível problema cardiovascular. “Tudo indica que tratava-se de um problema cardíaco”, disse.
Com posição uma inquestionável no “movimento”, desde a Velha à Nova Escola”, Simini Ni Moyo” imprimiu sua qualidade artística nos principais projectos de Rap. Ajudou a popularizar temas dos álbuns Salve-Se Quem ‘Puder’ ( Donna Kelly), Sombra ( Kid MC, 2014), Eu e o Rap ( Man N’guxi), Raiva entre tantos outros.
Autor de “De volta à Casa”, Ser “Sincero”, “Sensual”, Simini Moyo participou em projectos fonográficos como “Liberdade de Expressão (2016), “Minha Angola”, obras de Dr Pam, Rap Taile, Gievanilly, Os Mase, Inaldito Ferreira, To Cubano e Géneses.
No ano passado, voltou a aparecer num tema de Tocubano “Nacionalité”, que viria ser seu último. Anos antes, deixou um longo testemunho à nova geração, realce para os álbuns “República de Viana” ( Boss Alírio, 2020), o single “On Fire”, de Vanda Mãe Grande.
Conhecido em Angola desde 1994, pela forma singular que compõe as letras, Simini Ni Moyo conquistou os angolanos com os estilos Rap, Dance Hall e Raggae. Foi director artístico da Banda Raiz da Família, constituída por oito elementos.