Doravante, os rappers de todo o país passarão a estabelecer intercâmbio artístico, de modos a romper a barreira dos estigmas, preconceitos e dinamizar o movimento Hip Hop. A iniciativa foi oficialmente apresentada hoje e traz, numa primeira fase, vozes de Sanguinário, Phedilson, Liryku Supremo, Mamy e Carpe Diem.
O projecto vai caminhar pelas 18 províncias e visa forjar um legado da evolução audiovisual urbana e colaboração artística, através de gravações de músicas e vídeoclipes com 5 ou mais rappers numa mesma faixa. Depois de Angola, o projecto vai à diáspora.
Denominado ‘Ficheiros 2 Contra 1’, a iniciativa é do 2 Contra 1, um projecto que nasceu para dinamizar a cultura Hip Hop. A canção inicial será apresentada em breve e reserva vozes de Mamy, Phedilson, Liryku Supremo e Carpe Diem. De acordo com Hélder David, um dos mentores, depois, seguem-se muitas outras “bombas”.
“Não temos uma data específica. Poderá ser dentro de segundos, minutos , horas ou dias… A qualquer momento a música e o vídeo estarão disponíveis”, informou a equipa 2 Contra 1.
Para além do legado, ‘Ficheiros 2 Contra 1’ quer mostrar que o Rap angolano evolui nas mesmas proporções nas 18 provinciais, sendo que a vantagem de Luanda dá-se por causa da concentração e pouca investigação dos meios, difusão, para além da falta de estratégia dos rappers nesses locais.
“O Rap fora de Luanda evolui do mesmo jeito que Luanda. O que falha, às vezes, é estratégia de comunicação dos artistas e pouca investigação de quem tem os meios de divulgação”, retrucou.
No “comboio”, Phedilson, Sanguinário e Mamy vão usar o seu action time num instrumental diferente ao contrário de Liryko e o Carpe Diem, que vão expor suas habilidades poéticas para promover a inovação.