O anúncio foi feito a partir do Twitter do Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro. O mesmo dava conta da demissão de Regina Duarte da secretaria especial da Cultura do Governo brasileiro, alegando motivos pessoais. A actriz que tomou posse no início de Março, deixou as pastas e, vai agora dirigir a Cinemateca de São Paulo.
Em Março deste ano, Regina Duarte assumiu o comando da secretária especial da Cultura, afim de “pacificar” o sector, mas nem tudo foram rosa. Muito criticada, durante a sua gestão na pasta, Regina foi duramente criticada por colegas por, e entre outras coisas, o facto de não anunciar nada para a classe artística, desde que a pandemia do novo coronavírus assola o Brasil.
Segundo o anúncio de Bolsonaro, Duarte “sente falta da família” e terá sido por essa razão que pediu para abandonar o cargo no Governo que desempenhava desde o início de Março. “Para que ela possa continuar contribuindo com o Governo e a cultura brasileira, assumirá, em alguns dias, a Cinemateca em São Paulo”, disse o Presidente.
Mas ao contrário do que diz o Presidente daquele país, as quezilas com a classe artística começaram logo que a “namoradinha do Brasil” foi confirmada no cargo. Começando pelo facto de muitos artistas serem críticos do actual governo.
Na semana passada, de acordo com o G1, a até então secretária foi manchete após “relativizar as mortes causadas pelo regime militar no Brasil, numa entrevista também à CNN Brasil, terminada abruptamente após a entrada em cena de um vídeo crítico à sua gestão da colega actriz Maitê Proença”.
Regina também desvalorizou as mortes de figuras fundamentais da cultura brasileira na actual pandemia – “mortes sempre houve”… e volvidos dois meses de polémicas, a veterana de 72 anos se põe fim ao namoro com o Brasil.