Seis anos depois do lançamento de “Ka kinhentu”, o músico prepara-se para apresentar, ainda este ano, o terceiro disco, anunciou o próprio, este domingo, em Luanda.
O novo álbum de Robertinho terá oito faixas musicais, cantadas em kimbundu e em português e traz temas inéditos e novas versões de alguns sucessos, que resumem os mais de 37 anos de carreira.
Diferente do seu último CD, no qual deu nova roupagem a alguns dos maiores sucessos, no novo álbum, Robertinho traz uma proposta mais generalista, por formas a atingir os mais jovens.
A obra está a ser produzida em vários estúdios em Luanda e tem participações de instrumentistas de renome no mercado angolano, como o saxofonista Nanutu e o guitarrista Kintino, da Banda Movimento.
O disco, revelou ao Jornal de Angola, vai ter, também, a participação do músico Gerilson Insrael. Robertinho entende que a nova geração tem estado a dar um contributo significativo na interpretação de temas antigos, com novas roupagens. Porém, lamenta o facto de muitos músicos da sua época ainda enfrentarem dificuldades para colocar um disco no mercado, por causa da falta de apoios financeiros.
Mais sobre o músico
Robertinho nasceu em Malanje, mas cresceu no Marçal, em Luanda. A sua carreira começou no grupo Ébanos, como instrumentista e corista, aos 18 anos, a convite de um amigo. Integrou depois o conjunto Diamantes Negros, como vocalista e baterista. Sua primeira digressão foi com o conjunto FAPLA-Povo, em Cuba, representando Angola no Festival Mundial da Juventude.
Neste conjunto, Robertinho assumia os papéis de instrumentista e corista, junto com Proletário. Anos depois, os dois passaram a ser os vocalistas principais. Mais tarde, ainda na década de 80, decidiu apostar na carreira a solo. O primeiro disco, “Joana”, chegou ao mercado em 1992, com seis temas, entre os quais se destacavam “Kalamaxinde” e “Sanguito”.Em 2016, lançou o segundo disco, “Ka kinhentu”, fazendo nova roupagem de sucessos antigos como “Joana”, “Desespero” e “Kalamaxinde”, que marcaram as pistas de dança em 1992.