Em Angola são vários os talentos que o Rap ou Kuduro ajudou a tirar do mundo do crime e hoje tornaram-se nas principais referências da música angolana, por isso não receamos em afirmar que, Rodex Mágico pode vir a ser a próxima grande referência da nossa música.
É um prognóstico arriscado, se olharmos para a concorrência do mercado, onde se encontram revelações como Pitt Kelson ou Os Séketxe. Mas Rodex traz um estilo próprio, com mensagens directas sobre motivações humanas e busca constante pela paz do espírito.
O jovem artista vem dos Combatentes, o que parece justificar seus conteúdos e referências musicais como Bruno M. Tal como várias outras estrelas, Mágico é um daqueles talentos que trocou o mundo da delinquência pelo Kuduro ou Rap. Kuduro ou Rap, porque fica difícil se posicionar ante a tendência deste artista, que resulta da fusão entre o Kuduro, Funk, Rap e Afrobeat.
O músico angolano de 24 anos canta profissionalmente desde 2018. Baptizado com nome de Alexandre Teodorax da Costa ColSoul, esteve envolvido no mundo do crime e hoje está totalmente transformado o seu talento indiciam-no como a próxima referência da música nacional.
Com um álbum no mercado e um EP, os seus temas “Vou Falar” e “Makongo”, este último com participação de Pitt Kelson, são seus cartões de visita. Acompanhe suas impressões.

Quem o acompanha desde o EP Exploração Musical e ouve agora temas como “Vou Falar” ou Hino dos Xcomba, nota uma grande transformação na sua musicalidade. A que se deveu e como se processou esta mudança?
Bem, a minha mudança deveu-se ao passado triste e sombrio que eu vivi quando outrora andava pelo mundo do crime, distante de Deus e da sua palavra, longe da paz interior e busca pelo conhecimento e sabedoria.
É isso que transmite nas suas músicas?
Sim. Porque me sinto na necessidade de crescer sabiamente e permanecer para sempre no livro da vida.
O que canta é algo que tem a ver consigo?
Sim, canto o que vivo e faço de tudo para viver o que eu canto.
De que forma a sua música lhe caracteriza?
Como único e autêntico, mas que outrora bebia de certas fontes.
Sua música é uma fusão entre Kuduro, Rap e Afro, com evangelho. Que estilo é esse?
Esse é o estilo do ‘Deu Certo’.
Como artista em que estilo de música se enquadra melhor?
Como artista o estilo de música que me enquadro melhor é o estilo do Deu Certo.
Não receia que seja dado como antiquado, por trazer essas mensagens, uma vez que para a nova geração o ‘eu sou’, ‘eu posso’ e ‘eu faço’ é mais fácil de bater?
Na verdade não. Por uma simples razão: Não vivo segundo o padrão e ideologia deste presente século.
Olhando para a qualidade da sua música e pelos anos de estrada, parece que devia estar um pouco mais distante. O que tem faltado?
Sinto que não me falta nada, porque o mais essencial de tudo eu tenho: Um Deus Todo- Poderoso que cuida e me protege sempre; e uma mãe que ora por mim. No momento certo e na hora certa, o leme” estará aonde Deus o colocará.
O que se pode esperar de si para os próximos dias?
Neste momento estou a preparar lançamentos de novos vídeos e abertura do meu espaço para tratamentos de dreadlocks (Mundo Rasta).