O estilo musical e dança Rumba, originário da bacia do Congo-região que abrange as actuais República Democrática do Congo, Congo, Angola e Gabão- foi elevado ontem pela UNESCO a Património Cultural Imaterial da Humanidade.
A decisão parte da sessão do comité intergovernamental das Nações Unidas ligado a Educação, Ciência e Cultura divulgada esta terça-feira, juntando, deste modo, a Rumba congolesa ao Reggae.
Além da Rumba congolesa, outras novas expressões artísticas passam também a constituir Património Cultural Imaterial da Humanidade, entre elas danças e rituais. Trata-se das Danças de Corpus Christi, a Caligrafia árabe, a Falcoaria, a Festa de San Juan Bautista e o Grande Festival de Tarija.
Na reunião iniciada a 13 do corrente, via online e que termina a 18 de Dezembro, justifica-se que, o género musical e dança comum nas áreas urbanas da República Democrática do Congo (RD Congo) e República do Congo, tem origem em “uma dança antiga chamada nkumba (que significa “cintura” em Kikongo)” e influenciou o surgimento de vários outros estilos musicais cultivados na América.
A UNESCO indica ainda que os africanos levaram sua música e cultura através do Atlântico, por meio do comércio de escravos, o que acabou por dar origem ao jazz na América do Norte e à rumba na América do Sul.
Dançado geralmente por um homem e uma mulher, o estilo é performado por amadores e profissionais e está presente em celebrações e no luto, em espaços públicos, privados e religiosos.
“A rumba é considerada parte essencial e representativa da identidade do povo congolês e da sua diáspora”, refere-se.