É nela em que se baseiam todos os instrumentos musicais modernos. É conhecida como o “Hino Hurrita nº 6”. A canção é uma ode à deusa Nikkal e foi encontrada em Ugarit, na Mesopotâmia. Composta em 3.400, final do período desta civilização, “Hino Hurrita nº 6” é a primeira reconstrução sonora sobre a qual se assentam os instrumentos musicais modernos.
Descoberta na actual Síria, o Hino pertence aos hurritas, povos originários da Anatólia (actual Turquia), que migraram para a região da Síria. O Hino hurrita, na verdade, data do final desta civilização (c.1400 aC). A origem da civilização hurrita remonta há pelo menos 3000 aC. O hino foi um canto de cisne desse povo.
“Hino hurrita nº 6” é considerado a melodia mais antiga do mundo, porém a composição musical mais antiga que sobreviveu em sua totalidade é uma melodia grega do Século I, conhecida como “epitáfio de Seikilos”. A canção foi encontrada gravada em uma antiga coluna de mármore usada para marcar o túmulo de uma mulher na Turquia.
Primeiro registo sobre a música mais antiga do mundo
A princípio, o mais antigo fragmento de uma notação musical é uma tábua de argila suméria com cerca de 4 mil anos, com instruções para a execução de um hino em honra ao governante Lipit-Ishtar. Contudo, em relação a músicas antigas propriamente ditas, o exemplar mais antigo conhecido foi descoberto nos anos 50, na cidade de Ugarit actualmente Ras Shamra, no norte da Síria.
Arqueólogos encontraram diversas tábuas de argila com 3.400 anos de idade. Estas tábuas foram entalhadas com caracteres cuneiformes do idioma Hurrita – pertencente ao povo Hurrita, que viveu na antiga Mesopotâmia.
No entanto, é preciso perceber que, ainda que o Hino hurrita tenha uma idade considerável – 34 séculos, na verdade, a música é anterior à própria humanidade. O diferencial da música composta pelos hurritas é o facto de que ela é a primeira melodia que podemos tocar com instrumentos modernos.