Depois de cerca de 19 meses sem pisar a sala oficial dos espectáculos do Show do Mês, o público conseguiu, finalmente, matar as saudades, ontem, em Luanda, ao embalo de uma proposta musical das antilhas.
Os 70% dos lugares disponibilizados no antiteatro do Royal Plaza Hotel foram esgotados no fim de dois dias do anúncio da venda dos bilhetes, o que pode, de início, dar margem a cogitações da avidez do público pelo regresso à sala.
Logo à entrada do desejado palco, um pormenor chamou a atenção da Carga ” Show do Mês”, lia-se em letras capitais, numa decoração em relva artificial. O cenário convidava a pose de quem se atrevesse a olhar.
“Já não suportávamos mais ver o show em casa”, confessou uma showistas” que atendia por Manuela Horácio Artur, depois de interpelada pela Carga.
” Sim, dá para matar as saudades. Este regresso acaba por significar muito ao público”, continuou.

Foram precisos mais quase 19 meses após o adiamento do show ‘Vozes de Março’, que não aconteceu em Março de 2020, devido ao Decreto do Estado de Emegência, forçado pelo aumento de número de casos de Covid-19 no país, na altura.
Para a reabertura da VIII temporada do Show do Mês, a Nova Energia, detentora da patente do Show do Mês, convidou Lito Graça, Cidy Daniel, Branca Celeste, Mister Kim, Diana Kabango, Raquuel Lisboa, Alexandra Bento e Kanu André para embalar o público aos nostálgicos anos 70 e 80 da música antilhana.
Duas horas e meias de repertório não foram suficientes para convecer o público, que se revelou conhecedor do vasto cancioneiro antilhano, desde os Kassav passando por Compá, Kdance, Calipso, mas serviu para matar as algumas saudades.