A abertura do festival expõe relações globais desiguais e aprimora os traços coloniais que ainda moldam o nosso presente. Ao mesmo tempo, abre espaços para reflexão e acção e gera ressonâncias nos outros itens do programa.
Trata-se de um festival digital que tem início hoje, em ambiente virtual, nas páginas do Goethe-Institut e será transmitido em inglês com tradução simultânea para o alemão. O mesmo apresenta um programa de contribuições e debates artísticos ao longo de três dias, o foco está em como as estruturas coloniais funcionam no presente e como elas podem ser superadas.
Sob o mote `diálogo, intercâmbio e reflexões virtuais´, no bate-papo “Critica de arte como exercício de escrita: diálogo sobre a obra de Tho Simões”, a jornalista, critica de arte e curadora Renata Martins (Brasil/Alemanha) e o artista visual Thó Simões (Angola), residentes do Programa de Residência Artística Vila Sul do Goethe-Institut Salvador-Bahia, vão protagonizar o live que acontece as 16 horas, horário de Angola.
Neste momento delicado para as relações humanas, esta actividade visa criar pontes geográficas e interpessoais entre Brasil-Angola-Alemanha, o mesmo é dividido em quatro áreas temáticas: Desigualdades econômicas, Igualdade digital global, Lidar com bens culturais e Racismo, identidade e memória, para os debates, vai contar com distintos convidados de várias partes do mundo.
Sobre Thó Simões
Thó Simões pinta, faz colagens, cria arte urbana e digital,
performances, instalações, filmes e fotografias, mas o trabalho ‘não obedece a
nenhum componente ou tendência que permita a identificação clara de um determinado
estilo. Tal como o próprio diz, é mais fácil apresentá-lo como um “artista”.
A sua jornada na arte começou na União Nacional de Artistas Plásticos
(UNAP) e continuou no Instituto de Estudos Artísticos e Culturais (INFAC), onde
aprendeu o ofício. Um pesquisador nato e curioso por natureza.