A União Nacional dos Artistas Plásticos poderá encerrar as portas, caso o governo continue a não atribuir a verba de um milhão e trezentos mil Kwanzas de quotização mensal que assumiu para com a instituição. O organismo cultural está desde 2019 sem receber este subsídio. A direcção diz ter encetado contactos junto da Assembleia Nacional e da Presidência da República, mas não sucesso.
Inicialmente, a instituição recebia do estado uma quotização mensal de três milhões de Kwanzas, mais tarde este valor foi reduzido para dois milhões e oitocentos mil Kwanzas e hoje ficou para 1 milhão e trezentos mil, mas desde 2019 a instituição não recebe o valor, uma situação que veio agravar-se com crise pandémica.
“Naquela altura davam-nos 35 mil dólares, mais ou menos 3 milhões e tal de Kwanzas depois começaram a ser reduzidos para 2.8, neste momento estamos com 1.3, que é um milhão e trezentos mil Kwanzas, mas a partir de 2019, os compromissos do governo para connosco nunca foram cumpridos”, disse ontem Manuel de Oliveira à TV Zimbo.
Na esperança de ver o problema resolvido, a instituição encetou contactos a nível da Assembleia Nacional e da Presidência da República, mas não teve sucesso e volta a lançar o grito de socorro, para evitar que se encerre o organismo de utilidade pública e se mande para rua os funcionários, que já estão há algum tempo sem receber salário.
“Somos muitas das vezes abandalhados. Com o covid piorou ainda mais a nossa situação. Nó já fizemos contacto a nível das instituições, a nível da Presidência da República, a nível da Assembleia e as coisas não têm corrido como nós pretendíamos”
Todos nós precisamos de sobreviver e tem que haver o compromisso do governo para connosco, continua, porque do contrário, eu acho que o melhor é que o governo se defina connosco. Ou então, tirem-nos todos os direitos e nós vamos fechar as portas. Estamos quase a fechar as portas”, alertou.