Para Celebrar o seu 11.° Aniversário, a UHH organizou no passado dia 6 de Março, um evento híbrido, que juntou presencial e de forma virtual, vários apreciadores e praticantes dos elementos da Kultura Hip Hop, para um brinde e uma roda de conversa cujo tema central foi “O que deseja para o Hip Hop em Angola”.
A Universidade Hip Hop apresenta-se como uma organização sem fins lucrativos focada na divulgação dos elementos, conceitos e fundamentos da Kultura Hip Hop, virada para o desenvolvimento comunitário a busca pela justiça e igualdade social.
Criada há exactos 11 anos, mais propriamente aos 6 de Março de 2011, pelo “sexteto” Quartel d’Áfrika, oriundos da Mulemba Waxa Ngola, local onde foi enraizada a catedral do conhecimento do Hip Hop nacional. Com uma visão inclusiva, a Universidade Hip Hop age de acordo com as linhas de orientação primária do Hip Hop, na busca pela Paz, União e Diversão com responsabilidade.
De acordo com dados disponibilizados por 1000Ton Nkanzale, actual reitor da universidade, o evento de comemoração foi pautado pela (Re)Apresentação da Universidade Hip Hop (Propósitos, Objectivos e feitos), momento que gerou questionamentos das acções e posicionamentos da U2H diante de várias situações do Movimento Hip Hop em Angola com maior incidência sobre os aspectos de inclusão e sobre as linhas de orientação primária (Amor, Paz União e Diversão com Responsabilidade).
O evento também foi norteado pela apresentação do Livro da Universidade Hip Hop “U2H na estrada do Hip Hop – Primeiro Papiro”, em que foram apresentados ao detalhe todos os Capítulos e a abordagem em torno deles, o motivo de maior discussão foi o capitulo bônus (Uma antevisão do que será a segunda obra literária a ser lançada pela Universidade Hip Hop) denominada “Antologia do Rap Nacional” uma compilação de diferentes letras de músicas lançadas desde 1992 até a presente data, que merecerão enquadramento literário e comentário sobre o conteúdo por parte de profissionais de áreas sociais e políticas. Para o qual foi apelada uma diversidade de correntes mesmo já a partir da ante-visão, para que a inclusão prevista para o livro seja já espelhada e todos se sintam parte da obra.
A par destes conteúdos, a conversa em torno de tema “O que se deseja para o Hip Hop em Angola?” teve vários subtemas, Pontos Críticos e Propostas de melhoria, com uma participação activa on-line e presencial, destacaram-se as seguintes opiniões: Necessidade de maior envolvimento dos Hiphoppas na vida política/social do país, Necessidade de demonstração activa de solidariedade aos Hiphoppas e cidadãos vítimas de injustiça politica/social, Responsabilidade partilhada para gerar maior envolvimento e intercâmbio entre os praticantes dos diferentes elementos da Kultura Hip Hop em Angola, Incentivar a economia comunitária no Movimento Hip Hop, por via da compra dos produtos gerados por agentes internos, desde marcas de roupa, quadros de Graffiti e pagamentos de serviços, Necessidade de aprendizado constante dos Hiphoppas, quer sobre informações ligadas a Kultura Hip Hop, assim como meios de aperfeiçoamento das suas artes, Usar toda inteligência do Movimento Hip Hop para gerar renda/finanças a favor do Hip Hop, criando com isso uma auto-sustentabilidade financeira. Necessidade de convivência na diversidade, “Conforme a guerra civil nos atrasou enquanto País, as guerras internas nos atrasam como Movimento, bem como o uso excelente das ferramentas tecnológicas a favor dos elementos da Kultura Hip Hop.