Músicos portugueses, entre os quais Valete, Capicua, Lena D’Água, Tó Trips e Sérgio Godinho exigem a libertação de Hasél e defendem que os crimes de que o rapper espanhol é acusado – como “glorificação do terrorismo e ofensas a coroa” – são “meros instrumentos de condicionamento das liberdades políticas dos cidadãos.
Em manifesto, os signatários dizem ser inaceitáveis num Estado que se apresenta como democrático assistirem-se a situações de género.
Os subscritores entendem ainda que, ao proceder à detenção do músico a Espanha está a violar a Declaração Universal dos Direitos Humanos, no seu artigo 19.º sobre a liberdade de expressão.
“Numa democracia, os artistas não são condenados a nove meses de prisão, que poderão, em cúmulo jurídico, chegar a 20 anos, por cantar e por escrever”, lê-se no manifesto.
A carta, assinada por mais de cem cidadãos portugueses, entre os quias figuras ligadas à música, exige a libertação imediata do rapper catalão, detido esta semana, depois de ter sido condenado a nove meses de prisão por “glorificação do terrorismo e ofensas a coroa”, e não se ter entregue voluntariamente para a cumprir – o que motivou a detenção.