Em Luanda desde a semana finda, a convite de Yuri da Cunha e Isidro Fortunato, mentor do Movimento Ubuntu, a vinda da escritora moçambicana tem impulsionado uma série de “encontros” em prol do intercâmbio cultural e vai culminar com o `Especial Diálogos Culturais’ , a ter lugar amanhã, na Universidade Gregório Semedo.
Aguardada no evento há mais de dois anos, trata-se de mais uma actividade promovida pelo Movimento Ubuntu, cuja maior atracção será a literata que tem como um dos maiores objectos sociais “criar a ponte entre o passado e o futuro, deixando o legado às gerações mais novas para continuidade do processo de libertação africana.”
A actividade que será prestigiada com a presença de Yuri da Cunha e walter Ananás, terá como tema central “Berço Matrilinear Africano”, que destaca as mais diversas contribuições da mulher na afirmação das sociedades africanas, será dirigida por Dú Gonçalves, com as participações de Mwene Kangica e Aminata Goubel.
Estão ainda contemplados concertos, palestras (diálogos culturais), dança, teatro, spoken word (poesia falada), feira de artesanato e artes, passando pelos desfiles de moda africana.
A escritora moçambicana Paulina Chiziane venceu a 33a edição do Prémio Camões. Conhecida por dar papel central a figura da mulher africana em seus livros, a autora é a primeira mulher africana a ser laureada com essa distinção, que é uma das mais importantes honrarias da literatura em língua Portuguesa.
Chiziane não é apenas pioneira no prémio, é um marco para o próprio país, já que foi a primeira mulher moçambicana a publicar um romance na história, com o livro “Balada de amor”.