Surgiram quase do nada e actualmente já não passam despercebidos. Destacaram-se todos individualmente e decidiram formar uma banda, inspirando-se em conjuntos como Kiezos, Jovens do Prenda, Banda Maravilha e Banda Movimento.
O objectivo é tornarem-se nos Kassav de Angola, um conjunto versátil onde todos fazem quase tudo, e serem os melhores do país. Individualmente são vistos nos principais concertos em Angola, são muito requisitados, sendo que 50 por cento da banda é quase fixa no projecto Show do Mês.
No entanto, o caminho é longo, ainda têm muito pela frente e sabem disso. A única certeza é que são a banda do futuro.
Em entrevista à Revista Carga falam dos projectos e criticam a música angolana pelo facto de estar a “viver” da programação em detrimento do acústico.
Porquê banda Prontidão?
O grupo de amigos músicos que se juntava para fazer acompanhamento de cantores e diziam que tocavam em “Prontidão”, e quando decidiram formar uma banda deram o nome de “Banda Prontidão”
Como está constituído o grupo?
O Grupo está constituído da seguinte maneira: Yark Spin (Director Artístico e Guitarrista), Pascoal (Responsável Técnico), KD (Baixista), Benny Macanzo (Teclados), Genial (Teclados), Jack da Costa (Baterista), Alexandre Gaspar (Percussão e Voz), Raquel Lisboa (Cantora), Djanira Mercedes (Vocalista Principal).
Qual o real objectivo do grupo, uma vez que todos fazem trabalhos individuais?
Apesar de cada elemento da banda fazer trabalhos individuais, o real objectivo de todos é tornar a Banda Prontidão uma referência no mercado musical. Estamos todos comprometidos com o nosso projecto.
Até a pouco tempo a Djanira era a vocalista da Banda Maravilha, o que se passou?
A Djanira como cantora foi ganhando uma perspectiva diferente da Banda Maravilha e como tal decidiu deixar de ser um membro efectivo da mesma. Surge então a Banda Prontidão, com um conceito mais próximo daquele em que a Djanira se revê, e ela abraçou este novo desafio.
Tocam e cantam ou apenas tocam?
Até pouco tempo fazíamos apenas acompanhamento a outros cantores, mas como podem perceber agora temos um formato diferente e cantamos também.
No formato actual temos a Djanira como vocalista principal, a Raquel também cantora e o nosso percussionista, Alexandre, também como cantor. No actual modelo tocamos e cantamos, mas claro que continuamos a acompanhar outros cantores.
Têm temas da vossa autoria?
Sim.
Porquê que são vistos apenas a interpretarem de outros artistas?
Os temas de nossa autoria estão a ser trabalhados e contamos em breve apresentá-los. Neste momento tocamos músicas de outros artistas com o qual nos identificamos, tais como Mito Gaspar, Gabriel Tchiema, Filipe Mukenga, Kiezos, Belita Palma, só para citar alguns que ajudam também a perceber a nossa linha musical.
Qual a relação com os “The Kings”, uma vez que um dos responsáveis era ou é integrante?
A relação é boa e saudável. O nosso diretor artístico, Yark, faz parte dos “The Kings”. O Toty ausentou-se por um tempo para seguir a carreira a solo e o Yark foi o único que, pela sua competência, consegui substituí-lo.
No entanto, é importante realçar que tanto o Toty como o Wilder são professores de harmonia musical e canto, ou seja o Yark saiu da sua zona de conforto (Semba, kizomba…) e bebeu outras sonoridades com estes dois e trouxe como bagagem para a Banda Prontidão, tal como a Djanira anteriormente na Banda Maravilha.
Qual o género musical que vos caracteriza?
O género musical que nos caracteriza é o Semba, Tchianda, Kilapanga, mas tocamos tudo, principalmente quando somos convidados para acompanharmos outros músicos.
Como caracterizam a música angolana?
A música angolana está boa para quem ouve, mas nós que tocamos temos uma apreciação diferente. No meu ponto de vista, como director artístico da banda, a nossa música (angolana no geral) está muito frágil, precisa de mais arranjos. Os músicos devem apostar mais na música acústica e esquecer um pouco as programações.
Tem boas letras, mas a instrumentalização é muito “pobre”, utilizam muitos instrumentos programados e alguns casos não usam, por isso há músicas com letras bonitas, mas sem “alma” por faltar uma guitarra, por exemplo.
Até onde pretendem chegar?
Queremos ser como os Kassav em Angola, uma banda com músicos que dominam o que fazem, versáteis. Queremos ser os melhores de Angola, manter a nossa música no mercado durante décadas, a semelhança dos Kiezos, Jovens do Prenda, Banda Maravilha. Somos a banda do futuro.
Contudo, temos os pés bem assentes no chão. Temos ideias próprias, mas não conseguimos caminhar sozinhos, precisamos de apoios para alcançar os nossos objectivos.
APRESENTAÇÃO DA BANDA:
Nome: Kabuiku horege Decoment
Função: Baixista
Idade: 28 anos
Tempo de carreira: 8 anos de música. Começou na banda “Free Band”.
Nome: Djanira Mercedes
Função: Vocalista Principal
Idade: 28 anos
Tempo de carreira: 10 anos de carreira. Começou a fazer Bar com o Duo Kikola Júnior e Mick Mota
Nome: Yark Spin
Função: Guitarrista e director artístico
Idade: 30 anos
Tempo de música: 11 anos de música: Começou na Banda “Jabumba”, a convite do Mayo Bass e Pascoal Manguidi.
Alexandre Gaspar
Função: Percussionista
Idade: 21 anos
Tempo de música: 5 anos de carreira. Começou nos cantores de Rua com o músico Yoxi.
Nome: Raquel Lisboa
Função: Vocalista
Idade: 34 anos
Tempo de música: 17 anos. Começou nos Jovens do Prenda com apenas 17 anos de idade.
Nome: Genial
Função: Tecladista/pianista
Idade: 34 anos.
Tempo de música: 11 anos. Começou na Banda Voga, da Força Área Angolana.
Nome: Jack da Costa
Função: Baterista
Idade: 22 anos
Tempo de música: 2 anos. Começou na Banda Maya Cool, banda que acompanhava o músico com o mesmo nome.