Lomerh vem do Hoji Ya Henda, em Luanda. Para além de cantor e produtor, compõe para outros artistas e projecta-se como umas das referências do Ghetto Zouk, R&B e Trap Soul. O músico canta desde 2009 e já possui dois EP e vários vídeo clipes e lança a sua carreira nesta entrevista.
Quando se apercebeu que devia cantar profissionalmente?
Eu não consigo dizer especificamente quando, desde que me conheço como pessoa, até digo que eu não escolhi a música, ela é que me escolheu.
Como está a sua carreira artística neste momento?
Devido às circunstâncias a que todos estamos submetidos, estou um pouco limitado. Mas a partir da internet tenho aproveitado o máximo.
Que palcos normalmente actua?
Tenho actuado em eventos organizados nas periferias, sobretudo “raves” e casamentos. As minhas músicas fala sobre o “Amor”.
Quantas músicas possui?
Na verdade, já tenho muitas músicas gravadas. Em 2015 lancei a minha mixtape “That Helosipe”, de 13 faixas e 2017 lancei o EP “Plano B: Amor e Dor”, com 8 faixas todas produzidas por mim. Agora estou a promover duas músicas ‘Minha Xuxú’ e ‘Bem Panco’.
Como ter acesso às suas músicas?
Estão todas disponíveis no meu SoundCloud “Hender Lomerh” e nas minhas redes sociais também.
Que participações se destacam?
Tenho poucas participações a nível de voz. No meu EP, a única participação que tive foi do Edu Fox. A nível de produção, por exemplo, na mixtape de 2015 tive uma produção do Teo no Beat, que actualmente é um artista da Clé.
Como é que faz para produzir as suas músicas?
Quanto às produções, não tenho grandes dificuldades porque também sou produtor já há muitos anos e boa parte das minhas musicas sou eu mesmo que produzo.
Sempre gostou de trabalhar desta forma?
Sinto-me confortável, mas chega uma altura que também preciso de energias e toques diferentes, nesses casos recorro a outros produtores para fazer a co-produção.
Com isso, qual é a possibilidade de se pensar no álbum?
Nesse momento, começo a pensar seriamente em antecipar um EP novo, se tudo correr bem até ao final do ano o projecto sai.
O que traz de diferente daquilo que temos ouvido na nossa praça?
Eu acho que a simplicidade das minhas composições me destingue dos demais.
Quem escreve as suas músicas?
Sou eu mesmo. Também já pensei em fazer músicas com artistas do topo que eu admiro muito, mas não com mera intenção de me inserir no mercado, apenas para fazer obras de arte no estúdio.
É comum jovens como tu utilizarem a música para expressar o que não conseguem exprimir noutros fóruns. É o seu caso?
Também é para isso que eu canto sim.
porquê?
Parto do princípio de que a situação que eu vivi um dia , muita gente pode estar a viver e se eu cantar, essas pessoas vão se identificar com a mensagem. Muitas vezes nem preciso viver as situações, só preciso senti-las.
Já faz algum dinheiro com a músicas?
Já faço sim. Mas é mais pelas produções e composições que faço para outros artistas. Não tanto pelas actuações.
O sucesso, a fama e o topo é tido como o ponto mais alto para o cantor. Que mercado mira?
Nunca pensei num mercado específico, por outra, acho que o sucesso e a fama acabam. O que eu mais quero é atingir e tocar mais os corações. A fama será uma consequência disso.
Ainda não escrevi para um artista de grande destaque, mas não tarda isso vai acontecer. Acredito.
Disse que compõe para outros cantores, tem alguma letra sua que já é uma referência?
Ainda não escrevi para um artista de grande destaque, mas não tarda isso vai acontecer. Acredito.
Onde se sente mais confortável na escrita ou a cantar?
Em ambos os lados, a fazer ambas as coisas, acho que uma complementa a outra.