Gabb Lex é um artista versátil, mas é com a Kizomba e R&B que mais se tem destacado. Há 9 anos a cantar como profissional, carrega uma carreira marcada por vários singles e vídeoclipes. O jovem de 25 anos vem do Cazenga e apresenta à Carga as primeiras impressões da obra de estreia.
Como se deu o envolvimento com o Kizomba e R&B?
Por ser um artista de R&B, acredito que a Kizomba é um estilo fácil de se adaptar a quem faz R&B e por ser um apreciador e amante de música angolana sempre gostei de ouvir, mas o maior motivo foi o meu produtor Linsis Beat, que me incentivou. Sempre quis fazer Kizomba e ele apareceu na hora certa.
Em que momentos decide entrar na música?
Cantar sempre esteve no meu DNA, mas só em 2011 comecei a levar a música mais a sério. Estou prestes a apresentar o EP de estreia, que será o meu cartão de visita e com ele pretendo me apresentar ao mercado angolano e não só. O mesmo vai chamar-se “Retratos” e terá 8 faixas musicais e traz participação de Alírios Santos, Millor Beat e Tchelly Breno.
A que passos está do lançamento?
Tenho algumas músicas promocionais, com destaque para a “Belezura” e “Mudanças”. O EP será disponibilizado…
Por que razão abraçou a carreira profissional?
Eu acredito que todo mundo pode ser o que deseja e sonha. Sempre foi um sonho meu ser músico, eu faço isso mesmo quando não tenciono. Fiz o médio em informática no Alda Lara, mas nunca me senti um informático. Com a música, sinto-me realizado e pretendo transmitir todo esse sentimento a quem me ouve e influenciar vidas.
Onde posiciona a sua carreira neste momento?
Sou um artista novo para os olhos do público, mas posso dizer que estou a crescer gradualmente. Graças a Deus já tive oportunidade de ter minhas músicas a tocarem em rádios internacionais, propriamente em Portugal e recebo boas respostas de pessoas em toda parte do mundo que ouvem minhas músicas em plataformas digitais.
Que palcos já se apresentou?
Já tive a oportunidade de estar no maior palco de shows em Angola, no Cine Atlântico, em 2017 no Feskizomba em 2019. Continuo trabalhando para que Angola e o mundo conheçam o meu potencial.
Pelo que tem feito como acha que o público poderá receber o EP de estreia ?
Creio e espero que recebam bem, pois é um trabalho feito com muito amor, letras penetrantes e envolventes, que acredito que o público vai se identificar.
A propósito como está a ser o início de carreira?
O início não está a ser fácil, mas já foi mais difícil, principalmente por trabalhar sem apoios, mas se eu não fizer por mim e pelo meu sonho mais ninguém fará.
No meio disso tudo, o que lhe motiva a seguir em frente?
O amor que tenho pela música, acreditar que vim para esse mundo tocar corações e mudar vidas.
Quando é que acha que vai começa a se firmar no mercado?
Acredito que o sucesso é consequência do trabalho e eu venho trabalhando a anos para alcançar o reconhecimento do público. E nos últimos dois anos houve um crescimento a todos os níveis acredito que este momento esteja próximo.
Que mercado estão direccionados suas atenções?
Eu pretendo ser um artista internacional, mas é de grão em grão que a galinha enche o papo. Então, a prioridade é Angola, mas é relativo porque com as plataformas digitais hoje podemos ser ouvidos em todo lado. O tipo de musicalidade que me caracteriza é muito abrangente por isso é difícil pensar em um público só.
É um artista independente.
Sim, até hoje nunca tive apoios para começar fora os meus amigos produtores, a caminhada nunca foi fácil mas sigo firme porque acredito que o trabalho supera o talento e eu tenho as duas, tenho fé em Deus e trabalho duro para ultrapassar os obstáculos.
Em que músicos se inspira?
São muitos, eu aprendo com tudo que ouço, mas as minhas maiores influências musicais são Anselmo Ralph, Heavy c, Lil Saint, R.Kelly, Justin Bieber, Chris Brown e muitos outros, sendo que sou um artista que ouve de tudo um pouco.
Onde é que se projecta daqui a 5 anos?
Pergunta difícil. Mas daqui a 5 anos espero estar vinculado a uma produtora/editora de grande porte a gerir a minha carreira sendo reconhecido pelo público Angolano e quem sabe no mundo todo.