Vat, Graffiter e Cossom formam os Variiano, um grupo de Rap que há três anos vem ocupando o seu espaço no mercado. O trio carrega um foco temático e filofofia de trabalho diferentes dos habituais grupos de Rap. Em menos de três anos produziu três EP, pisou vários palcos e prepara-se para dar o primeiro grande passo da carreira.
Como é que surgiu os Variiano?
O grupo surge quando três rapazes percebem que tinham talento para a música, e que por meio dela poderiam exprimir tudo o que lhes ia à alma, quer fossem coisas boas ou más. Suas e histórias de vida de outras pessoas.
A propósito, qual é a história por detrás do nome do grupo?
Houve a necessidade de atribuir um nome que fosse de fácil percepção e memorização. Pensamos então na junção dos nossos nomes Vat, Vandilson e Adriano, o que, para além de dar um nome ao grupo, de certa forma, faria com que estivéssemos ligados para sempre.
O que lhes fez apostar na carreira profissional?
Mais do que acreditar, que é necessário, investirmos e corrermos atrás dos nossos objectivos, é acreditarmos que, tendo uma carreira sólida, poderemos deixar um legado, que se vai perpetuar e eternizar às nossas obras.
Quantas músicas já possuem?
O primeiro projecto “Foco” teve 11 faixas já disponíveis na plataformas digitais, o segundo “Variian’Time” teve 10 faixas. Fora as músicas a solo que cada elemento possui e vamos lança mais um com 7 faixas musicais no dia 15 de Agosto do corrente ano. Sem participações nenhumas. Os temas serão todos abordados por elementos do grupo. Para os próximos meses estamos a preparar o lançamento de mais dois vídeo clipes.
Para que faixa etária cantam e a que mercados estão focados?
Pelos conteúdos que a gente aborda e pela forma como o fazemos, podemos dizer que dos 15 à capacidade de percepção de cada um, até onde cada um se identificara com o que a gente transmite. Ou seja, se alguém tiver 18 anos e perceber ou identificar-se, então é nosso público, se o mesmo acontecer com alguém de 65 anos de idade, também, gente não canta para números, mas para mentes.
Que valores podem acrescentar ao rap nacional?
Estamos focados, temos atitude, determinação, persistência, ambição e resiliência. Vamos fazer compreender que é necessário sonhar, acreditar, levantar e realizar.
Que planos traçaram para invadir o mercado?
Não vamos dar somente ao público aquilo a que estão acostumados, mas levá-los também para outras dimensões, mergulhá-los em profundidades, fazer com que percam o fôlego e ainda assim sentirem-se mais vivos.
O tempo parece não fazer jus ao estado da vossa carreira. O que tem faltado para que consigam se impor?
A música é um investimento e requer um background para dar algum suporte, quer seja financeiro e até moral. Nós somos três, e fazemos tudo pelos três, somos também nós quem custeia tudo, através da produtora Qualia/ Exstasy Vibe. E é isso que tem acontecido connosco.
Podem obviamente usar esse sentimento para conquistarem os fãs…
Acaba sendo importante porque dificilmente nos vamos “desnortear”. Acredito que enquanto pessoa, estes são os valores que fariam com que me identificasse ou gostasse de determinado artista.
Qual tem sido a vossa filosofia de trabalho?
Acreditar! Acreditar e acreditar sempre. Trabalhamos de forma semi-independente, partilhando tarefas. Trabalhar os três Foi uma das melhores experiências que a vida nos poderia dar, partilhamos não só uma carreira, mas também o intelecto, as vivências e as vibes de cada um, é uma das melhores sensações que tivemos o privilégio de experimentar.
Quem faz o quê no grupo?
O Vat é o porta-voz, responsável pela comunicação e imagem do grupo, negociações com vídeo makers, o Graffiter é o produtor, responsável por transformar ideias em músicas e o Cossom tem o papel de expandir as músicas pela lusofonia, é o responsável pela maior parte dos refrões do grupo.

Mas levam a carreira a solo. Por que criaram o grupo, afinal?
Sim, temos os três músicas individuais. Mas não torna o grupo menos sólido, porque apesar de tudo o que nos une, temos também percepções individuais sobre as coisas, carregamos histórias e vivências individuais, que cada um decide colocar numa música ou num projecto solo. O que não afasta-nos nem desgasta o grupo.
Como podemos diferencia-los dos outros grupos de Rap e RnB angolanos?
Os ideais que defendemos, a forma como abordamos as nossas letras, a nossa essência, bem como o que a gente almeja.
Quanto tempo mais terão que esperar para começarem a colher resultados?
Respondemos esta questão fazendo menção ao título da nossa Ep “A Dois Passos Do Céu”, que é uma metáfora para o quão próximo estamos do alcance dos nossos objectivos. Sempre foi nossa meta o céu, e hoje, estamos a dois passos dele (risos). Já estivemos em vários palcos, o o nosso sonho é pisar o Coliseu e Meo arena.
Que espaço querem ocupar no music hall nacional?
Queremos ser os ícones do Rap Luso.