Apesar de ser embrionária no mundo da produção musical, audiovisual, distribuição digital e agenciamento de artistas, a Chasing Dreams actua como as grandes. Nela estão associados Cláudio Fénix e a jovem promissora, Chelsea Dinorath. Xixi Beats conhecido por já ter trabalhado para Mister K, Anna Joyce, Ceff, Lil Saint é o produtor da mesma e fala sobre a sua trajectória e os desafios da Chasing Dreams.
Quantos profissionais estão envolvidos na produtora?
Estão os CEO Henriques Campos e Celso Silva, Xixi Beats (produtor) , Cláudio Fénix e a Chelsea Dinorath , que são os artistas. Existimos há dois anos, mas a nossa marca está há uns seis anos. A família ainda é pequena.
Como é que começa a paixão pela produção?
Esta paixão começa desde a minha infância. O meu pai foi tecladista e eu acompanhava-o sempre a tocar. Gostava da vibe e, às vezes também ficava com o piano dele e fui crescendo.
E partir de que momento é que isso toma maiores proporções?
Isso foi depois do médio, quando comprei o primeiro portátil para trabalhos de escola. Instalei alguns programas de produção e fui dando conta que… há um bicho aí dentro de mim que precisava de ser desenvolvido.
E quais são os frutos desse trabalho de anos?
Os frutos são o reconhecimento e o cachê que vem aos poucos e vai crescendo.
E quanto ao salário emocional?
Já me motivou muito e agora pus de lado. Pus de lado o salário emocional para ter algum equilíbrio com a estabilidade financeira.
Com que artistas é que já trabalhou para além do Cláudio Fénix?Comecei a trabalhar com a Tchobary. Foi lá onde fui aprendendo as primeiras coisas. Foi a minha primeira escola. Já trabalhei com Landrick, Mário Vaz, Mister K, Chelsea Dinorath, Badoxa, Ana Joyce, Ceff, Lil Saint e tantos outros.
Qual é o processo quando alguém de fora quer um beat vosso?
Depende do contrato que fazes com o músico. Eu no princípio oferecia beat. Não tinha noção de crédito, direitos autorais. Por vezes oferecia beats só para divulgação do meu nome. Mas agora, antes de dar um beat ao artista há exigências. Alem do básico, falo também das percentagens, que é automático, 50% nas produções.
Já aconteceu alguma vez ter esclarecido que sobre esses direitos e ainda assim o músico não cumprir como o estabelecido?
Não. Isso não é decisão do músico. Eu tenho automaticamente 50%. E também dentro disso há outras formas de negociar: percentagens de vendas digitais, de shows. Tudo depende da forma como celebraste o contrato com o artista.

Também concorda que os artistas é que colocam o nome dos produtores no auge? Vocês ganham nomes, porque os artistas os levam, certo?
Hum! Eu digo sim. Isto está associado, porque o artista leva sim a imagem do produtor. Como é que posso dizer… também depende. Há artistas que produzes e não levam o teu nome. Mas na maioria das vezes é através dos artistas que se conhecem os produtores.
O que é necessário para ser um bom produtor?
Tempo e muito trabalho. Investigar muito. Vontade e paixão.
Considera que um autodidacta, depois de muito tempo de trabalho pode vir a ser um bom produtor?
Considero sim. É possível. Porque a prática leva a perfeição. Quando praticas com certeza, vais distante.
O Xixi Beats em particular, trabalha para artistas que não estejam associados à produtora?
Também. Porque tem de manter a taxa da casa. Tem de se pagar contas. Consigo conciliar os dois tempos. Os músicos de fora são mais para ajudar a manter a casa e os internos para poupar.
Porquê que só estão agenciados o Cláudio Fénix e a Chelsea Dinorath?Acho que é por escolha, também porque a produtora está numa fase inicial. Fica complicado ter muita gente. Isso pode acabar pesando para o lado da produtora e não conseguir atender as necessidades dos artistas. Vamos começar com o pouco e depois do trabalho desses tiverem feitos, vamos pegar outras pessoas.
Vocês têm estado a realizar eventos para divulgar o nome da produtora? Eventos onde possam divulgar o nome dos agenciados?Quando há necessidade de se organizar eventos se organiza. Por exemplo, vem aí um show do Claúdio dia 9 e nós é que estamos na parte da produção junto com a LS.
Onde é que vê a Chasing Dreams daqui a dois anos?
A tendência é evoluir e desejo que estejamos mais à frente em todos os aspectos. Não acredito que estaremos distantes disso, porque de onde viemos e a forma como as coisas vão, estamos num bom caminho. Estamos numa boa velocidade.
Existe várias produtoras no mercado, como é que lida com a competitividade?
É normal. Temos de saber lidar com isso. Temos de seguir o nosso foco. Quem estiver a trabalhar aparece, quem não estiver… yeah. A concorrência nunca vai deixar de existir.
