A cada dia, tendo em conta os vários problemas contratuais no mundo do entretenimento, na música em particular, aumenta a necessidade de profissionalizar todo mundo que trabalha com música, desde produtores, músicos, agentes e etc..
Não custa nada duas partes assinaram um papel e reconhecer, antes perder uma hora ou talvez um dia do que “deitar por terra” semanas ou meses de negociações, correndo o risco de perder a credibilidade.
O caso mais recente foi o que envolveu o produtor e agente Guelmo Cruz e um grupo de organizadores de festas no Lubango. Os rapazes acusaram Guelmo de ter falhado no compromisso de levar a cantora Bruna Tatiana a uma festa por aquelas paragens, com cachê e bilhete de passagem pago. O agente diz o contrário, o bilhete era pago apenas de ida e o cachê estava incompleto. No entanto, um papel assinado acabava com o “disse, que disse, que não disse”.
Não quero fazer de juiz, procurando culpados e muito menos abordar o problema, mas sim ajudar a encontrar a solução para os vários problemas do género. No mundo do entretenimento a confiança é sagrada, porque boa parte dos contratos são efectuados de forma verbal (pelo menos em Angola), sempre tendo em conta a boa fé de ambas as partes.
Mas não está correcto, têm todos de trabalhar como profissionais, deixem o amadorismo na esquina, esqueçam por instantes que são amigos e colocam tudo no papel, desde valores, moldes de pagamento, condições de trabalho, direitos e deveres de cada um. Só assim estarão a valorizar a função de cada um.