As cartas foram encontradas numa caixa. Entre as figuras que escrevem para o imortalizado escritor colombiano, falecido em 2004, estão Bill Clinton, Fidel de Castro, o actor Robert, o realizador Woody Allen, Koffi Annan e Pablo Neruda.
Conservadas em micas de plástico, tal como tinha guardado a mulher do escritor, falecida em 2020 – as cartas estão agora, um mês depois do achado, na casa de García Márquez na Cidade do México e podem ser vistas na exposição “Gabo 40 anos depois do Nobel: O escritor, sim, tem quem lhe escreva” (uma alusão à sua obra de 1961 “Ninguém Escreve ao Coronel”).
A neta do escritor revelou que, ao abrir uma pequena caixa de plástico com a legenda “Netos”, guardada num móvel com outras caixas, foram surpreendidas com 150 cartas inéditas. Procuravam uma fotografia para utilizar apenas no aniversário do 40º Prémio da Literatura que García Márquez recebeu em 19 anos e que o consagrou um dos escritores mais importantes da América Latina e do mundo.
Não são todas, sublinha-se, mas as 35 ou 40 “mais interessantes”, “aquelas em que se podia ler a relação de amizade entre Garcia Márquez e outra pessoa”, explica a neta, Emilia García Elizondo, também directora da Casa da Literatura Gabriel García Márquez, que recebe esta exposição até meados de Agosto.